Quando os valores se contradizem: uma análise das incoerências na defesa da vida, liberdade, família e justiça social.
A direita frequentemente adota posições contraditórias que levantam questões sobre sua coerência. Ela se opõe ao aborto em nome da defesa da vida, mas, paradoxalmente, também rejeita a educação sexual — uma ferramenta crucial para evitar gravidezes indesejadas. Essa incoerência acaba criando um ambiente onde situações que levam ao aborto se tornam mais frequentes, exatamente o oposto do que ela diz defender.
Além disso, a direita se declara em favor da vida, mas não hesita em apoiar operações policiais com força excessiva e ações de violência, desde que direcionadas a quem considera merecedor de punição. Enquanto afirma defender as liberdades individuais, frequentemente busca limitar o direito de expressar identidades de gênero ou praticar religiões diferentes das dominantes.
A incoerência continua na sua defesa da “família tradicional” como um valor central, mas ao mesmo tempo, apoia políticas que prejudicam o meio ambiente, diretamente afetando a qualidade de vida das famílias em todo o mundo, incluindo o acesso a ar e água limpos. Em outro aspecto, o apoio a práticas negacionistas em saúde pública, como a negação da ciência em questões de vacinas e pandemia, coloca vidas em risco — uma postura que ironicamente contradiz a defesa da família e da vida.
Por fim, a política econômica de meritocracia, que favorece os mais ricos e desconsidera as dificuldades enfrentadas por pessoas de baixa renda, torna-se mais uma contradição em relação ao discurso de defesa da justiça social e da igualdade de oportunidades. A combinação dessas posturas contraditórias muitas vezes deixa o discurso da direita em desacordo com os princípios que afirma defender.
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