Eu, então, por um raiozinho de sol amarelo dançando em minha parede, teria dado todo o mundo.
F otos by Edinho Irizawa Eu, então, por um raiozinho de sol amarelo dançando em minha parede, teria dado todo o mundo. V. Maiakowski *Fernanda Borges Eu acredito no recomeço. Isso pode acontecer numa realidade de um em um milhão, mas eu acredito. Eu sei que pode parecer ingênuo demais de minha parte, mas eu não consigo olhar para aquelas caras por detrás das grades e só pensar nas desgraças que eles cometeram. Eu enxergo mudanças, oportunidades, pessoas que podem mudar a partir de uma merda que fez. Tem gente que pode me chamar de sonhadora demais ou maluca em apostar em homicidas, estupradores ou assassinos. Mas de verdade, eu aposto. Dias atrás circulando pelos corredores do Centro de Detenção e Ressocialização de Londrina (CDRL), eu e o fotógrafo Edinho Irizawa fomos supreendidos por uma estrutura que eu realmente não esperava. Claro que não deve se comparar com a penitenciária de segurança máxima onde Fernandinho Beira Mar está preso lá em Campo Grande (MS), mas para a