Quebra de sigilo do FB pela Justiça mostra responsáveis por rede de calúnias contra Gleisi na rede social


Reportagem do jornal Gazeta do Povo desta quinta-feira (28) mostra que o Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) já tem a identidade dos responsáveis pelas páginas falsas no Facebook que continham ataques à ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann.
Os dados obtidos pela Justiça através da quebra de sigilo do Facebook identificam o nome de Cleverson Lima como criador da página “Gleisi não” – uma das comunidades utilizadas para divulgar mentiras, insultos, calúnias na tentativa de atingir a imagem da ministra –, além do assessor do governo Beto Richa, o jornalista da Agência Estadual de Notícias (AEN) José Gilberto Maciel, conhecido como Zé Beto Maciel, que pagou para que a página tivesse mais visibilidade na rede social.
Os nomes de Lima e Maciel aparecem no documento expedido pelo Facebook ao TRE-PR. O primeiro como criador da página falsa e o segundo como dono do cartão de crédito utilizado para fazer o pagamento dos anúncios patrocinados na rede social. Veja abaixo:

A reportagem da Gazeta do Povo informa que a assessoria de imprensa do Palácio Iguaçu não se manifestou sobre o episódio. Em informações divulgadas em blogs políticos do Paraná nesta quarta-feira, o governo Richa negou que Maciel seja funcionário do Executivo.
Não é o que mostra o próprio site da agência. A página possui ao menos quatro publicações com referências ao jornalista Zé Beto Maciel. Nessas referências, ele aparece como plantonista – ou seja, responsável por atender a imprensa em fins de semana e feriados. Confira:

Além disso, o próprio jornalista citava em seu perfil no Facebook até anteontem que trabalhava para a AEN – a informação foi retirada do ar ontem. Veja a reprodução da página de Maciel antes da alteração:

Antes do governo estadual, Maciel trabalhou como jornalista na Prefeitura de Curitiba na gestão do ex-prefeito Luciano Ducci, aliado de Richa.
Em nota à imprensa divulgada ontem, Gleisi afirmou que cabe ao governador Beto Richa esclarecer porque o funcionário, pago com recursos públicos, dedica-se a essa atividade ultrajante, bem como a origem dos recursos utilizados para pagar as faturas pela divulgação das mentiras a seu respeito.
“O perfil falso operava na modalidade patrocinada, ou seja, era pago pelo referido Maciel com o objetivo de garantir que as mentiras fossem visualizadas por um número maior de usuários. Repudio essa prática e vou cobrar esclarecimentos, inclusive na Justiça. Lamento que o Estado do Paraná, que alega não ter recursos para cumprir obrigações essenciais e inadiáveis com a população, esteja usando o dinheiro dos impostos que recebe do povo paranaense para baixar o nível da política à dissimulação e à mentira.”
A quebra de sigilo é o desdobramento de uma ação movida pela ministra no TRE-PR que conseguiu retirar do ar a comunidade “Gleisi Não” e o perfil “Gleisi Indelicada”. A decisão de remover os conteúdos foi tomada pelo desembargador Edson Vidal Pinto no dia 12 de novembro. Segundo o magistrado, o material “flagrantemente violava direitos de personalidade, ao ridicularizar a reclamante com referências grosseiras que transbordavam ao exercício da liberdade de expressão."

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