Da internet à Praça Tahrir
No início as manifestações juntavam mil a três mil pessoas. Surge contudo um imprevisto. "De repente houve uma revolução na Tunísia. Passou a haver a percepção de que afinal era possível". Entrevista com Ahmed Maher e Mohammed Adel, activistas do Movimento 6 de Abril, no Cairo. POR NELSON PERALTA Ahmed Maher e Mohammed Adel, activistas do Movimento 6 de Abril - Foto de Nelson Peralta O Egipto fervilha. O ditador caiu mas muitos dos seus antigos governantes mantém-se no poder e o exército conduz a transição. No meio deste processo entrevistamos activistas do Movimento 6 de Abril, um dos movimentos na base da agitação popular no Egipto. A cada minuto o telemóvel toca. Ahmed Maher, engenheiro civil de 30 anos, vai rejeitando as chamadas durante a conversa. Por vezes interrompe por algum telefonema mais importante. Este é o retrato do ritmo frenético que se vive no Egipto e da importância que as novas tecnologias