Disputa pelo Twitter marca segundo turno nas redes sociais

Se o primeiro turno das eleições foi ancorado por 'tuitaços' promovidos por vários candidatos, a segunda etapa da disputa presidencial levou a marca das hashtags, palavras-chave usadas no Twitter para identificar uma mensagem de 140 caracteres. Mais do que esta categorização, as hashtags serviram, nesta campanha, para organizar movimentos de militantes na tuitosfera. O objetivo era estar sempre presente nos Trending Topics, a lista dos assuntos mais citados do momento na comunidade.


Uma hashtag muito citada poderia não aparecer nos Trending Topics? Aos olhos do estrategista de mídias digitais da campanha de Dilma Rousseff, Marcelo Branco, isto aconteceu durante o primeiro debate do segundo turno. Para Branco, o Twitter teria imposto filtros que não permitiram à hashtag #dilma13 chegar à lista de tendências.
Se um termo não virava destaque, os militantes tentavam outro e outro, no que se tornou uma criativa competição pelo Twitter. Entre as hashtags criadas pelos apoiadores de Dilma estavam: #SerraMilCaras, #SouMaisDilma, #Dia31Vote13, #SerraRojas, #13confirma, #boladepapelfacts (em menção ao episódio do objeto jogado contra a cabeça de José Serra) até o marineiro slogan #SejaMais1Dilma, usado na fase em que a ex-candidata pelo PV ainda não havia decidido quem apoiar. Pelo lado tucano, a disputa pelos Trending Topics foi com as hashtags #DilmaNão, #Serra45, #Virada45, #euquero45, #PTmente e com o jogo de caracteres BR45IL.


A preocupação dos petistas com boatos que estariam circulando pela rede chegou às mídias sociais. Foi quando a campanha 'Espalhe a Verdade' ganhou projeção no Twitter, no Orkut, no Facebook e no Formspring.
Fora da disputa, o ex-candidato pelo PSol, Plínio de Arruda Sampaio aproveitou o entusiasmo de seus eleitores no primeiro turno para acompanhar os debates entre Dilma e Serra, fazendo aparições através da Twitcam para lançar ideias de articulação política.


Declarações polêmicas se espalham pelo YouTube



No YouTube, dois vídeos ganharam destaque durante este segundo turno. O primeiro foi o trecho de uma missa do padre José Augusto, veiculada pelo canal TV Canção Nova. As críticas que o religioso disparou contra a candidata petista fizeram com que o vídeo se espalhasse viralmente pela rede. Sem querer polemizar ainda mais, a emissora tirou o vídeo do seu canal no YouTube. Tarde demais. Os usuários já haviam se mobilizado através do Twitter para reproduzir a homilia na plataforma de vídeos do Google.
Outro vídeo que gerou bastante barulho eleitoral nas últimas semanas foi do jornalista Paulo Beringhs, da TBC Brasil Central, de Goiás. Ao vivo, Beringhs reclamou que a emissora não teria permitido a realização de uma entrevista com o candidato ao governo de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), após recusa do mesmo convite por Iris Rezende (PMDB). As palavras do apresentador sugeriam que ele seria demitido no dia seguinte. O nome dele foi parar nos Trending Topics, o vídeo foi multiplicado no YouTube e teve até gente dizendo que votaria em Beringhs, caso se candidatasse.
Após Dilma ter sido declarada eleita, boa parte dos tuiteiros decretaram o #DilmaDay, etiquetando com este termo as mensagens comemorativas à vitória petista.


Nos últimos meses, os brasileiros mostraram no Twitter que estão atentos à política, transformando em 140 caracteres repercussões de debate, horário eleitoral gratuito e o noticiário geral das campanhas. A expectativa, agora, recai sobre o uso das mídias sociais pelos políticos após as eleições, especialmente durante os seus mandatos.

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