O Caso do Jingle da Globo Pró Serra: Desdobramentos

Bem antes do Deputado André Vargas ou do Marcelo Branco acionarem Politicamente a recém Criada Rede Virtual do PT. O que pode ter ocorrido para a globo tirar do ar o "inofensivo" Filme comemorativo da emissora ?


Agora os direitistas da Veja, da folha e demais membros da blogosfera conservadora  estão dizendo que a toda poderosa foi Patrulhada pelo PT. Desde quando lutar pela transparência e legalidade   significa Patrulhar ?  AFFF. Eu passo Mal quando leio colunas e blogs destes "tipinhos".


Para descontração
Leia o texto abaixo  


Os bastidores do quase-golpe
por Marco Aurélio Mello, em seu blog


Da série ficção, a preferida dos internautas.


Começou com um telefonema de um ator consagrado para o diretor do núcleo.


Ele estava irado com a peça promocional que foi ao ar na noite de Domingo.


Era um institucional de trinta segundos em que ele dizia apenas duas palavras.


Mas a montagem induzia o telespectador a acreditar que se tratava, não de uma campanha de aniversário da maior emissora de televisão do país, mas um mosaico grosseiro cujo slogan “a gente faz sempre mais” é uma clara alusão ao do candidato José Serra.


E para corroborar com a leviandade, ainda vinha o número quarenta e cinco assinado na peça, ao lado do logotipo.


Ao todo, foram quarenta celebridades entre as turmas das produções, humor, shows, esporte e jornalismo.


Achei até curioso a manifestação ter partido de um ator e não de um de nós.


Afinal, vendemos a eles apenas nossa força de trabalho, não nossas consciências.


Será?


Nem sei mais…


O ator foi duro e franco com o executivo da empresa.


Se alguma providência não fosse tomada, ele ia aos jornais dizer que foi vítima de manipulação.


Era tudo o que a emissora não queria ouvir nessa altura do campeonato.


Ainda que seu candidato pudesse ser o mesmo que o da emissora, ele jamais se sujeitaria a trabalhar naquelas condições.


E antes de desligar, avisou: Eu não estou sozinho.


O diretor pediu paciência, disse que ia encontrar uma saída.


Pensou em quem confiar num momento desses de conflito: talvez um executivo que tivesse bom transito com o jornalismo.


Afinal, foi coisa dos herdeiros da Corte do Cosme Velho, incentivados pelo Guardião da Doutrina da Fé, pensou.


Assim que amanheceu propôs o encontro ao executivo que considerou ser hábil o bastante para apagar o fogo.


Nisso a internet já fervilhava.


Pressões vinham de todos os lados, a opinião pública, os patrocinadores, os políticos, os amigos.


É preciso convencer a direção de que foi um tiro no pé.


Mas como fazer isso?


Juntando argumentos.


E lá foram os dois tentar convencer os acionistas de que aquilo fora um erro.


Os artistas respeitam os interesses comerciais e políticos da emissora, mas consideram que não cabe a eles exercer esse papel institucionalmente.


O artista é o vendedor de sonhos e ilusões para todos, não só para um determinado grupo político.


Afora os artistas, tem os jornalistas que emprestam sua credibilidade à emissora.


Ações assim podem arranhar para sempre esse vínculo com o telespectador.


E assim foram as tratativas durante toda a tarde.


Ok, mas qual seria a solução?


Pensaram em várias.


Ao final do encontro triunfou aquela que diz assim: “O texto do filme em comemoração aos 45 anos da Rede Globo foi criado – comprovadamente – em novembro do ano passado, quando não existiam nem candidaturas muito menos slogans. Qualquer profissional de comunicação sabe que uma campanha como esta demanda tempo para ser elaborada. Mas a Rede Globo não pretende dar pretexto para ser acusada de ser tendenciosa e está suspendendo a veiculação do filme.”


Esta noite não vai ser boa, nem para o Guardião, nem para a Central de Comunicação, e muito menos para o patrão. Nós aqui fora sabemos de tudo! O Povo não é bobo. Fiquem espertos.


PS do Azenha: Com a experiência que tenho em televisão, sei como essas coisas funcionam. O conjunto da obra só fica claro para quem gravou alguns segundos de uma peça ficcional quando ela é apresentada ao público. Duvido que tenha sido a internet a responsável pela decisão da emissora. Atribuo isso, acima de tudo, à reação interna e ao medo de que houvesse protestos públicos de quem se sentiu ludibriado!

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