alvorada

*Por welliton luiz



texto e foto: Tim [welliton luiz]

Já és tarde novamente, o silencio perpetua de maneira serena pelos cômodos da casa verde do fundo. Nesse momento as ruas não apresentam ruídos, os pássaros não exaltam se quer um pio, mas troca de turno com os grilos noturnos que esbraveja a mesmice de seus gritos, tornando o despertar da natureza natural, hora vem por coletivos, hora vem pelo único indivíduo que vaga pelas madrugadas em busca satisfazer sua vontade.
Pela janela sem cortina observo esse mundo que nos rodeia, a escuridão noturna propositalmente acompanhada de estrelas brilhantes me remete há uma busca de explicações na qual jamais se quer fiz questão ou ousei em questionar, sensações que só agora nesse silencio, nessa agradável solidão me proponho a contemplar.
Há quatro dias seguido não tenho conseguido dormir tranquilamente, os motivos pode até parecer justificáveis, mais não ousaria tentar entender essas coisas que acontece conosco pelo simples fato de não conseguir dormir.
Não hesitaria si quer nenhum esforço para buscar ou analisar esse relógio da vida que nos remete há apenas viver conforme os segundo e minutos que o ponteiro indica, lembrando que o tempo não para.
Ninguém pede para nascer, da mesma maneira a grande parte não gostaria de morrer, então a vida segue como se fosse um simples corguinho, sujo, pequeno, com pouca água, e nesses caminhos o relógio vai utilizando da fluência das águas para juntar em um local maior como o rio, conseqüentemente ancorar no mar da experiência, por fim volta ao local de origem, a seca.
Durante o dia esse relógio leva um choque pessoal, onde cada ser descarrega a velocidade desejada no relógio, à calmaria cerca alguns enquanto a correria atropela outros, nesses vai e vem de segundos as pessoas se perder, não conseguem se localizar perante si próprio. Porém à noite te leva a mais aguçada busca de reflexão e entendimento, através de atitudes liberais perante um mundo que é só seu. Ao anoitecer cada ser cria suas regras é um mundo que as vontades pessoais prevalecem e poucos experimentam dessa ação.
Talvez isso tudo seja uma grande tolice de minha parte, ganhar meu tempo tentando exprimir esses pensamentos que não utilizo da boca para expressar, porem carrego em cada olhar perdido há alguma direção.
Quando ouso fazer alguma relação do passo com o futuro, geralmente o resultado carrega certa semelhança, me pego em gargalhadas espontâneas, como esta; (gargalhadas). Ao pausar as digitadas e intercalar os giros do punho e um deguste do vinho vagabundo mais nobre, por carregar consigo o valor da amizade (agradecido muka), me recordo que na infância na creche onde passei grande parte da minha infância juventude, carreguei no inicio o apelido de morcego, passado-se anos venho mantendo ativo de maneira despercebida.
Vagarosamente tento imaginar como seria se houve uma troca de turnos, o que estamos acostumados a realizar abaixo da luz do sol fazer ao olhar mágico da lua e vice versa. Deixe a mente trabalhar suavemente e tente imaginar como seria o seu relógio da vida perante essa inversão de horários, durante a noite e madrugada, farmácias, açougue, bancos, panificadoras, lojas, trânsito tudo na ativa, já durante o dia a maioria se reserva em seus lares e outros nas baladas solares.Diz aí, seria bom ou ruim? [experimenta!]
Deixo com vocês esse devaneio, pré-virada de ano, para "alertar-vos" sobre os passos que temos realizado durante essa caminhada.

Será que tudo que está tão correto não possa dar certa “bagunçada"
ou o que se encontra “bagunçado” não está na hora de organizar?


Com a barriga vazia não consigo dormir
E com o bucho mais cheio comecei a pensar
Que eu me organizando posso desorganizar
Que eu desorganizando posso me organizar
Que eu me organizando posso desorganizar
(nação zumbi – da lama ao caos)


Fazendo jus do texto, a foto também
estáno contexto. 


o mundo não tem ordem visível e eu só tenho
a ordem da respiração. Deixo-me acontecer.


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