Kassab enfrenta protesto de moradores em bairro alagado na Zona Leste de SP


Região sofre com enchente desde o dia 8 de dezembro.
Moradores de conjunto habitacional chamaram prefeito de 'safado'.
Paulo Toledo PizaDo G1, em São Paulo

Ampliar FotoFoto: Paulo Toledo Piza/G1

Kassab é cercado por moradores em protesto no Jardim Romano (Foto: Paulo Toledo Piza/G1)

O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), foi vaiado, na manhã desta sexta-feira (8), por moradores de um conjunto habitacional atingindo pelas enchentes na região do Jardim Romano, no extremo Leste de São Paulo, local que está alagado há um mês. A chuva da quinta-feira (7) piorou a situação na área. Uma das vias mais atingidas é a Capachós, uma travessa da rua onde fica o conjunto habitacional. 


 Por volta das 10h, o prefeito chegou a entrar na área do conjunto habitacional Terra Paulista, mas foi abordado por cerca de cem moradores que protestaram contra a situação do local e exigiram medidas urgentes da administração municipal. “Queremos ver as coisas acontecerem”, gritava o grupo que também chamou o prefeito de covarde, safado e sem vergonha. Kassab conversou rapidamente com alguns representantes e acabou desistindo da visita ao local por causa da reação dos manifestantes.
Moradora de um dos apartamentos afetados pela chuva, a babá Raquel Cristina da Silva Santos, de 31 anos, pediu para Kassab visitar a área alagada. No momento em que o prefeito saia do Jardim Romano, ela, revoltada, gritou: “Prefeito, vem sujar o sapato. Venha ver o que passamos.” Ao ouvir os apelos, Kassab pediu para que a moradora se aproximasse para conversar.

“Ele falou que irá dar aos moradores que vivem nos térreos bolsa-aluguel de R$ 300. Não quero isso. Pago aqui R$ 430”, contou. No rápido bate-papo que teve com o prefeito, ela ouviu promessas e um apelo: “Pediu para nós termos calma e disse que vai resolver”. Sobre a visita-relâmpago ao terreno, Raquel opinou: “Foi uma palhaçada”.
 

Antes, numa coletiva de imprensa na região, o prefeito falou que das 1.700 famílias cadastradas no local, 300 haviam sido encaminhadas para um conjunto habitacional e outras 450 haviam aceitado receber auxílio aluguel e estão procurando uma casa para alugar. Das 450, até agora só 60 conseguiram um outro imóvel.

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